Polarização:
uma constelação de problemas

A polarização transbordou da política para a ‘vida real’

Conflitos ideológicos estão se intensificando em cada vez mais ambientes: governo, mídia, redes sociais, instituições de ensino, empresas, ONGs, igrejas, famílias e círculos de amizade. Essa polarização implica desafios cada vez mais relevantes não apenas para a nossa democracia, mas para várias frentes o nosso desenvolvimento pessoal e coletivo.

A polarização nos enfraquece - mesmo quando estamos ‘no lado certo’

Quando desistimos do diálogo com os nossos oponentes, diminuímos o espaço para o terreno comum e a argumentação racional. O que resta são rótulos, exibicionismo moral e outras formas de sinalizar que fazemos (ou que não fazemos) parte de um determinado grupo. Assim nos tornamos defensores menos competentes das nossas próprias ideias e criamos diversas barreiras para compreender e nos relacionar uns com os outros.

A polarização censura, sufoca e emburrece

Estamos nos tornando cada vez mais sensíveis a sinais de pertencimento grupal e relutantes em nos expressar por medo de sermos rotulados ou excluídos. Quando ideias heterodoxas passam a ser vistas como heresia, muitos se veem forçados a escolher entre dois caminhos: ou se preservar através da abstenção e distanciamento, ou ganhar voz se enquadrando em um molde ideológico pré-definido.

A polarização nos leva ao autoengano

Todos nós somos sujeitos a vieses. Gravitamos em torno daquilo que corrobora nossa visão de mundo e resistimos àquilo que a ameaça. Nossos juízos são influenciados pela simpatia que cultivamos aos ‘nossos’ e pela antipatia ao ‘outro’. Essas são tendências humanas universais e nenhum de nós é imune a elas. A polarização, no entanto, nos leva a crer que enviesados são os outros. Subestimamos assim a nossa propensão ao autoengano, inflamos nossas certezas e perdemos oportunidades de crescer e aprender.

O Projeto Prisma entende que indivíduos, organizações e comunidades em geral muitas vezes carecem dos recursos adequados para enfrentar esses desafios, e que isso pode limitar o seu desenvolvimento em várias frentes. 

Essa plataforma é voltada para atender a essa crescente demanda.

Despolarização:
propostas de ação

Buscar o que está dando certo

Em resposta aos desafios cada vez mais presentes da polarização, projetos diversos já vêm sendo desenvolvidos ao redor do mundo para enfrentá-los. Não precisamos começar do zero: ferramentas poderosas e iniciativas de sucesso já existem no campo da despolarização. O Projeto Prisma busca somar força a essas iniciativas, divulgando o seu trabalho e disponibilizando seus recursos para um público maior.

Foco em desenvolvimento humano

A despolarização exige o exercício de competências-chave: humildade e curiosidade intelectual, raciocínio crítico e empático, escuta ativa e inteligência sócio-emocional, mediação e resolução de conflitos, entre outras. Essas competências impactam positivamente não apenas a nossa cultura cívica, mas também o nosso desenvolvimento pessoal, intelectual, psicológico, social e até mesmo profissional. O campo da despolarização se harmoniza, assim, com uma ampla variedade de empreendimentos: escolas, universidades, empresas e qualquer outra comunidade voltada para o florescimento dos seus integrantes.

Comunidade e colaboração

Esse projeto necessariamente envolve a formação de redes colaborativas que compreendam os perigos da polarização e os benefícios da despolarização. Contribuições podem surgir especialmente daqueles agentes sociais engajados na esfera educacional e que possam propagar as competências da despolarização entre estudantes de todas as idades. Além disso, esperamos que nossa plataforma possa servir como ponto de encontro para todos aqueles interessados em colaborar no campo da despolarização.

Pesquisa e monitoramento

O Projeto Prisma busca contribuir para uma discussão mais robusta e fundamentada sobre os desafios da nossa crise cívica. Com esse fim, será necessário implementar mecanismos para a coleta de dados e monitoramento empírico das ferramentas que disponibilizamos e do resultado que elas obtêm. O campo da despolarização deverá também manter sempre contato com os últimos estudos e discussões especializadas sobre os temas relevantes à nossa missão de modo que nosso trabalho esteja sempre, no máximo possível, informado pelas pesquisas e evidências disponíveis.

Paciência e perseverança

Não existe solução fácil para a nossa cultura cívica disfuncional. Na verdade, falar em ‘soluções’ para esse tipo de problema flerta facilmente com a utopia: o mais provável é que os desafios da polarização nunca desapareçam por completo. Ainda assim, é de conhecimento comum que temos muito a ganhar incorporando em nossas próprias vidas algumas das mudanças que gostaríamos de ver no mundo. Um único espaço onde haja diálogo, empatia e uma livre troca de ideias já é esperança suficiente para inspirar a criação de outros.

O seu interesse já é uma pequena vitória para nós. 

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